Donald Trump ameaça impor novas tarifas e mercados reagem com temor de recessão global
A tensão entre Estados Unidos e China voltou a crescer em abril de 2025 após o ex-presidente Donald Trump anunciar a possibilidade de impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses. A medida, que visa pressionar economicamente a China, pode desencadear uma nova guerra comercial mundial.
Mas o conflito vai mesmo se limitar ao campo econômico? Ou há risco de evoluir para algo ainda mais grave?
Entenda o que motivou a nova guerra comercial entre EUA e China
A proposta de novas tarifas surgiu após a China aplicar 34% de imposto sobre produtos norte-americanos, como resposta às políticas protecionistas de Trump. O ex-presidente deu prazo até 8 de abril para que a China retire as tarifas, sob ameaça de romper as negociações comerciais.
A escalada gerou reações imediatas em bolsas de valores como a FTSE 100, DAX e Hang Seng, que registraram fortes quedas. Especialistas alertam para o risco de recessão global se o conflito persistir.
Ações possíveis da China diante das tarifas dos EUA
- Aumento das tarifas sobre produtos norte-americanos;
- Restrição na exportação de terras raras e componentes estratégicos;
- Fortalecimento de acordos com países dos BRICS ou da União Europeia;
- Investimento em cibersegurança e ataques tecnológicos silenciosos.
A estratégia chinesa pode evitar um confronto direto, mas aprofundar a disputa por influência global.
Estados Unidos podem endurecer ainda mais
Nos EUA, as tarifas fazem parte da estratégia eleitoral de Trump para fortalecer seu discurso nacionalista. Porém, dentro do próprio Congresso, líderes republicanos e democratas criticam o risco de uma crise econômica mundial.
As possíveis ações dos EUA incluem:
- Ampliar as tarifas para outros setores;
- Pressionar empresas americanas a deixarem o mercado chinês;
- Convocar aliados da OTAN para medidas conjuntas de pressão.
Europa e países emergentes no meio da disputa
A União Europeia tenta agir como mediadora, propondo a eliminação mútua de tarifas em produtos industriais. No entanto, tarifas dos EUA sobre o bloco (como os 20% anunciados) complicam o cenário.
Já países como Brasil, Índia e África do Sul podem se beneficiar momentaneamente, ganhando espaço no comércio internacional. No entanto, a instabilidade econômica global também atinge essas economias.
Pode haver guerra entre EUA e China em 2025?
A resposta direta é: é improvável uma guerra armada entre EUA e China em 2025. Isso porque os dois países são altamente interdependentes e uma guerra direta traria prejuízos incalculáveis para ambos.
Entretanto, o mundo já vive uma guerra invisível:
- Guerra econômica, com tarifas e sanções;
- Guerra tecnológica, com espionagem e bloqueios;
- Conflito geopolítico, envolvendo Taiwan, Mar do Sul da China e Coreia do Norte.
Conclusão: estamos diante de uma nova Guerra Fria?
É cedo para afirmar. Mas o cenário atual lembra o clima da Guerra Fria, com disputas por poder, influência, tecnologia e narrativa.
Opinião pessoal: acredito que uma guerra direta entre EUA e China seja improvável. Mas o conflito comercial e tecnológico pode afetar o mundo inteiro, inclusive o Brasil. É preciso atenção, estratégia e diálogo internacional.