Trump impõe tarifas de 104% à China e intensifica guerra comercial global
Em uma nova escalada da guerra comercial, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elevou as tarifas sobre produtos chineses para 104%, adicionando 50 pontos percentuais à já existente alíquota de 54% imposta anteriormente. A medida reacende tensões globais e gera apreensão nos mercados financeiros, que já sentem os efeitos da turbulência.
📌 Contexto e motivação
Desde o início de abril de 2025, Trump tem adotado uma política fortemente protecionista, impondo tarifas mínimas de 10% a todas as importações e aumentando as alíquotas para até 50% em produtos de 57 países. Ao manter suas tarifas, a China se tornou alvo de uma resposta proporcional dos EUA, que passaram a aplicar 104% de taxação sobre seus produtos.
Segundo o governo norte-americano, a medida visa conter o crescente déficit comercial de US$ 1,2 trilhão e proteger a indústria nacional contra práticas consideradas desleais.
💰 Detalhes das novas tarifas
- 104% sobre produtos chineses (eletrônicos, têxteis, móveis, entre outros)
- 10% sobre todas as importações
- 25% sobre Canadá e México (que estão fora do USMCA)
- Possíveis tarifas de 15% sobre o setor farmacêutico global
🌍 Reações globais
🇨🇳 China
- Promete retaliar com novas tarifas
- Ameaça restringir exportações de terras raras
- Reforça recompra de ações e intervenção estatal para estabilizar os mercados
🇪🇺 União Europeia
- Estuda tarifas de até 20% sobre produtos dos EUA
- Reforça acordos bilaterais com países asiáticos e América do Sul
🌎 Outros países
- Canadá: retalia com 25% sobre aço, grãos e automóveis
- Japão e Coreia do Sul: avaliam bloqueios tecnológicos e cooperação asiática
- Brasil: pode ganhar espaço como fornecedor, mas teme impacto na demanda
📉 Impacto nos mercados
- S&P 500: queda acumulada de 5 dias, perda de US$ 5,8 trilhões em valor de mercado
- Índices europeus: queda média de 2,5%
- China: bolsas seguradas por intervenção estatal
- Commodities: petróleo em queda, ouro em alta
📊 Perspectivas econômicas
Especialistas alertam para o risco de stagflação global e retração no comércio internacional. O FMI prevê contração de até 2% no comércio mundial em 2025. O Banco Central da Nova Zelândia já cortou juros, e outros países devem seguir essa tendência.
🧭 Conclusão
Embora improvável no cenário atual, uma guerra armada entre EUA e China é menos temida do que uma guerra econômica prolongada. O impacto sobre os mercados, cadeias produtivas e relações diplomáticas já é visível. O mundo observa atento, enquanto os líderes das duas maiores potências globais ajustam seus tabuleiros comerciais.
Fonte: G1, Reuters, Bloomberg