A Uber anunciou um projeto-piloto inovador nos Estados Unidos, que permitirá a motoristas e entregadores ganharem dinheiro extra ao participarem do treinamento de inteligência artificial. A iniciativa, envolve a realização de microtarefas diretamente pelo aplicativo, como a gravação de áudios e a captura de imagens de carros ou documentos em diferentes idiomas. Esta é uma forma de trabalho flexível que a empresa busca oferecer.
Este movimento estratégico segue a aquisição da startup Segments.ai pela Uber, que é especializada em rotulagem de dados para IA. Com essa ação, a Uber entra em um mercado que hoje conta com grandes players como a Scale AI e a Amazon Mechanical Turk. Testes similares com motoristas já estão sendo conduzidos na Índia, reforçando o investimento da companhia em soluções de IA para o futuro.
Além das microtarefas de IA, a Uber está implementando um pacote de melhorias significativas no aplicativo, visando aprimorar a experiência dos parceiros nos EUA. Entre as novidades, destacam-se uma tela de ofertas de viagens redesenhada com mais detalhes e tempo para decisão, um mapa de calor otimizado que exibe tempos médios de espera e preço dinâmico, e um recurso que permite a motoristas mulheres aceitarem apenas passageiras, similar ao U-Elas existente no Brasil desde 2020.
Outras funcionalidades incluem a possibilidade de motoristas definirem uma nota mínima para passageiros e um novo compromisso de ouvir a versão dos parceiros em caso de reclamações, com a Uber podendo banir passageiros por denúncias falsas. Violações leves passarão a ter acesso limitado a categorias do serviço, em vez de bloqueio total. O CEO Dara Khosrowshahi enfatiza a criação de “a melhor plataforma para trabalho flexível”. É importante ressaltar que todas essas novidades estão, por enquanto, restritas aos EUA, sem previsão de lançamento no Brasil ou em outras regiões.